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Ulisses A. Natividade, Pedagogo, Biólogo,Professor de Ciências, Biologia e Física.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Febre de chikungunya

Chikungunya causa febre e dores intensas nas articulações de pés e mãos


O Ministério da Saúde monitora no Brasil a febre de chikungunya, uma doença causada por vírus e que pode infectar humanos por meio da picada do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, e também pelo Aedes albopictus. Três casos foram registrados no país.


Originária do sudeste asiático e de alguns países da costa leste africana, a chikungunya é menos grave que a dengue e se caracteriza por febre alta e dores intensas nas articulações de mãos e pés.

No Brasil, os três primeiros casos, todos importados, foram identificados em 2010: dois homens que estiveram na Indonésia — um de 41 anos, do Rio de Janeiro, e outro de 55 anos, de São Paulo; e uma mulher de 25 anos, também de São Paulo, que esteve na Índia. Todos estão recuperados. Os casos foram informados à Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e à Organização Mundial da Saúde (OMS).

O paciente de São Paulo chegou ao Brasil depois do período de transmissão, que é de até cinco dias após o início dos sintomas. Durante esta fase, se o mosquito picar o doente, poderá transmitir o vírus a outras pessoas. Os outros dois pacientes chegaram ao país dentro desse período. Medidas de eliminação de focos do mosquito foram intensificadas nas áreas próximas à residência e ao local de atendimento de ambos.

Transmissão

A doença só pode ser transmitida pela picada do mosquito infectado. Não há transmissão de uma pessoa para outra. O nome chikungunya significa "aqueles que se dobram" e tem origem no swahili, um dos idiomas oficiais da Tanzânia, onde foi documentada a primeira epidemia da doença, entre 1952 e 1953. Refere-se à aparência curvada dos pacientes.

De acordo com Giovanini Coelho, coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, até o momento não existe transmissão autóctone do vírus no país — quando a pessoa se infecta dentro do território nacional.

Em 6 de dezembro, técnicos do Ministério da Saúde reuniram-se com representantes das sociedades brasileiras de Medicina Tropical, Clínica Médica, Reumatologia, Pediatria e Geriatria para discutir as medidas que serão adotadas na rede de saúde para aprimorar a vigilância da doença.

Nas próximas semanas, deverá ser divulgado um guia de vigilância e manejo clínico de pacientes com suspeita de chikungunya, em parceria com sociedades científicas e representantes das secretarias estaduais e municipais de Saúde.

Sintomas

Os principais sintomas de chikungunya são febre acima de 39 graus, de início repentino, e dores intensas nas articulações de pés e mãos — dedos, tornozelos e pulsos. A suspeita aumenta se a pessoa que apresenta esses dois sintomas tiver histórico recente de viagem às áreas nas quais o vírus circula de forma contínua. Podem ocorrer, também, dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele.

Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas. O vírus pode afetar pessoas de qualquer idade ou sexo, mas os sinais e sintomas tendem a ser mais intensos em crianças e idosos. Além disso, pessoas com doenças crônicas têm mais chance de desenvolver formas graves da doença. A pessoa que tem chikungunya fica imune a uma nova infecção pelo vírus.

Tratamento

O vírus só é detectado em exames de laboratório, que podem ser feitos na rede pública de saúde. O laboratório de referência nacional é o Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA).

Assim como na dengue, não há vacina nem tratamento específico para chikungunya. São tratados os sintomas, com medicação para a febre, paracetamol, e para as dores articulares — anti-inflamatórios.

Se os sintomas surgirem, as pessoas devem procurar a unidade de saúde mais próxima imediatamente. Recomenda-se repouso absoluto ao paciente, que deve beber líquidos em abundância. As pessoas não devem tomar medicamentos por conta própria. A automedicação pode mascarar sintomas, dificultar o diagnóstico e agravar o quadro do paciente.

Em geral, chikungunya é de baixa gravidade, e as mortes são raras. Em 2006, na Índia, 1,3 milhão de casos foram registrados, sem nenhuma morte reportada. As pessoas costumam se recuperar em até dez dias após o início dos sintomas. No entanto, dores e inchaços nas articulações podem perdurar por alguns meses. Nesses casos, é necessário acompanhamento médico.

Doença no mundo

Atualmente, o vírus circula com mais intensidade em alguns países da África e da Ásia. De acordo com a OMS, em 2004, um surto na costa do Quênia propagou o vírus para Comores, Ilhas Reunião e outras ilhas do oceano Índico, chegando, em 2006, à Índia, Sri Lanka, Ilhas Maldivas, Cingapura, Malásia e Indonésia.

Em 2007, o vírus foi identificado na Itália. Em 2010, há relato de casos na Índia, Indonésia, Mianmar, Tailândia, Ilhas Maldivas, Ilhas Reunião e Taiwan.

Nas Américas, desde 2006, houve casos nos Estados Unidos, na Guiana Francesa e nas ilhas Martinica e Guadalupe, territórios franceses no Caribe. Todos os casos foram em pessoas que viajaram ao exterior e nenhum levou à transmissão autóctone do vírus, de acordo com a OPAS.

No Brasil, a notificação de casos da doença é obrigatória e imediata (em até 24 horas), regulamentada pela portaria 2.472/2010. Qualquer estabelecimento de saúde, público ou privado, deve informar a ocorrência de casos suspeitos às secretarias municipais e estaduais de Saúde.


segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O Fantástico Corpo Humano - Imperdível

Exposição “O Fantástico Corpo Humano” chega a Belo Horizonte.
Mais de 11 milhões de pessoas já visitaram a mostra que pode ser vista a partir do dia 17 de novembro no Boulevard Shopping.

               Aquilo que as pessoas têm em comum, não importando o que os define e os divide, é o intrigante e belo corpo humano em que habitamos. A partir do dia 17 de novembro, “O Fantástico Corpo Humano” pode ser conferido na capital mineira, no Boulevard Shopping.

              A exposição permite aos visitantes conhecerem mais sobre seus próprios corpos e ensina como cuidar da sua saúde e optar por estilos de vida mais saudáveis.

               São espécies humanas reais, como as utilizadas em universidades e hospitais, preservadas para fins educativos por um processo chamado de plastinação. Apenas recentemente (2007) estas espécies passaram a ficar disponíveis para o público, sendo uma oportunidade única para aprendizado visual.

              “O Fantástico Corpo Humano” ajuda a ver e compreender as doenças de maneira totalmente nova, pois enfatiza problemas de saúde, como câncer de mama, câncer de colo, cirrose hepática, gravidez ectópica, artrite, osteoporose e fraturas ósseas. A mostra também ilustra danos ou lesões em órgãos, como os causados por tabagismo e obesidade.

                Trata-se de um mergulho tri-dimensional por dentro destes sistemas: pele e ossos, dos pés à cabeça. A mostra foi projetada numa grande estrutura com dez galerias, tendo 13 corpos completos, em poses confortáveis e familiares, ilustrando todos os sistemas de forma dinâmica. O público também irá conferir 150 espécimes de órgãos que ajudam os visitantes a investigar mais a fundo as estruturas de cada sistema. Durante todo o percurso são gerados níveis de informações de forma prestativa para todas as idades – da escola primária à faculdade de medicina.
 


Saiba como acontece o processo de plastinação.
O processo consiste em dissecar o espécime para exibir sistemas e estruturas específicas. A dissecção é imersa em acetona para extrair todos os fluídos corporais e após essa desidratação, o espécime é colocado em polímero de silicone e é selado em uma câmera de vácuo. Sob o vácuo, a acetona é substituída pelo polímero, que penetra no espécime no nível celular mais profundo. Quando o polímero de silicone endurece, o espécime fica com estrutura intacta pronto para ser exibido e estudado.

Um mergulho pelo corpo humano
 


A exposição traz uma visão geral do corpo, seus sistemas e órgãos:

Esqueletos/Músculos: As estruturas de suporte do esqueleto e dos músculos trabalham em conjunto.
Sistema respiratório: Os órgãos que trazem ar para cada centímetro do nosso corpo e tornam possível a fala.
Sistema Digestivo: O processo que move a comida através de nove metros de trato digestivo, extraindo os nutrientes que precisamos para nossa sobrevivência.
Sistema Nervoso: O cérebro é o centro da consciência e a medula espinhal envia impulsos para ele na velocidade da luz.
Sistema Cardiovascular: Nosso coração bombeia sangue vital para todas as células do nosso sangue.
Sistema Circulatório: Uma visão única e inspiradora dos vasos que carregam o sangue através do corpo.
Sistema reprodutivo/urinário: Um sistema com duas funções: eliminar e reproduzir.
Vida Fetal: A vida e o desenvolvimento no seu nível mais básico.
Medicina Moderna: Proteção e detecção a medida que envelhecemos.

Dúvidas que a mostra irá esclarecer para as pessoas:
O que a cafeína e o refrigerante de cola fazem com a sua bexiga?
Quem tem os músculos mais fortes. Homens ou mulheres?
O que nos faz soluçar?
O que faz a placenta?
Onde estão localizados os menores ossos do nosso corpo?
Como o LDL (colesterol - lipoproteína de baixa densidade) afeta o seu corpo?
Porque os músculos arrepiam?
Porque os quadris femininos são maiores que os masculinos?
O que a osteoporose faz com o corpo?
E isso é apenas uma pequena amostra de informações que os visitantes vão receber durante a exposição.

Data: De 17/11 a 31/12

Horário: 10h às 22h

Ingressos:
R$40 (inteira) e R$20 (meia-entrada) durante a semana.
R$50 (inteira) e R$25 (meia-entrada) no fim de semana.
R$15 para grupos e escolas (agendar previamente pelo telefone 31 3031-3150).
Pacotes-família: De segunda a sexta: R$60,00 (para três pessoas), R$80,00 (para quatro pessoas), R$100,00 (para cinco pessoas). Sábado e Domingo: R$75,00 (para três pessoas), R$100,00 (para quatro pessoas) e R$125,00 (para cinco pessoas).

Informações: (31) 3241-4009

Site: http://www.artbhz.com.br/

Endereço: Av. dos Andradas – 3.000 - Santa Efigênia

Local: Boulevard Shopping - 2° piso

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Experiência com bactéria de arsênio GFAJ1 revoluciona visão sobre vida n...

Cientistas descobrem bactéria que contém arsênio em sua formação

Equipe financiada pela Nasa encontrou organismo em lago na Califórnia.
Elemento químico na 'Halomonadaceae' GFAJ-1 é tóxico para humanos.


Do G1, em São Paulo


O Lago Mono fica no leste da Califórnia, limitado a oeste pelas montanhas da Sierra Nevada. O antigo lago alcalino é conhecido por formações incomuns de tufo, um tipo de rocha calcária, assim como por sua hipersalinidade e altas concentrações de arsênico
O Lago Mono fica no leste da Califórnia, limitado a oeste pelas montanhas da Sierra Nevada. O lago alcalino é conhecido por formações incomuns de tufo, um tipo de rocha calcária, assim como por sua hipersalinidade e altas concentrações de arsênio. (Foto: Henry Bortman / Science - setembro de 2010)


              Uma equipe da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, descobriu uma bactéria que utiliza arsênio como substituto ao fósforo em sua composição. O organismo foi recém-encontrado no lago Mono, no lado leste da Califórnia, nos Estados Unidos, deixando a comunidade científica em suspense. O achado abre espaço para novas concepções de vida, não baseadas nas formas tradicionais conhecidas.

             Os cientistas participam de um grupo de pesquisa financiado pela agência espacial norte-americana (Nasa), que promoveu uma apresentação da descoberta na tarde desta quinta-feira (2). O pronunciamento foi feito após informações sobre a pesquisa terem chegado ao conhecimento público, gerando especulações sobre algum anúncio relacionado a vida extraterrestre.

              O fósforo é um dos elementos básicos à vida, encontrado geralmente na forma inorgânica na natureza, como fosfato. Mas uma equipe integrada pelos astrobiólogos Ariel Anbar e Paul Davies publicou um artigo na revista "Science" no qual mostra a existência de uma bactéria inédita, com outra base de composição. A aposta da autora principal do artigo, a cientista Felisa Wolfe-Simon, que já fez parte de grupo de pesquisa liderado por Anbar é de este novo organismo abre margem para novas interpretações sobre os seres vivos, inclusive fora do ambiente terrestre.

Imagem mostra bactérias da família 'Halomonadaceae', que são compostas, entre outros elementos, por arsênio, elemento químico considerado tóxico a humanos. (Foto: Science / AAAS)


              O arsênio é conhecido como um elemento químico tóxico ao corpo. Todos os seres vivos são compostos com base em uma combinação de seis elementos químicos: carbono (C), hidrogênio (H), nitrogênio (N), oxigênio (O), fósforo (P) e enxofre (S). São basicamente encontradas em três componentes básicos: DNA (ácido desoxirribonucleico, que contém as informações básicas dos indivíduos vivos), proteínas e gorduras.