Lonesome George
(George, o Solitário, em tradução livre) tinha estimados cem anos - sua
subespécie, a Chelonoidis nigra abingdoni, pode chegar a
viver 200. Uma autópsia será realizada para determinar a causa da morte.
Sem ter tido crias e na falta de um
outro indivíduo conhecido de sua subespécie, Lonesome George ficou conhecido
como a criatura mais rara do mundo.
Ao longo de décadas, ambientalistas
tentaram, sem sucesso, fazer com que a tartaruga de Galápagos se reproduzisse
com fêmeas das ilhas.
Autoridades do Parque Nacional da
Ilha Pinta disseram que Lonesome George foi encontrado morto em sua cerca por
Fausto Llerena, o homem que cuidava dele havia 40 anos.
Lonesome George foi identificado na
Ilha de Pinta pela primeira vez em 1972, por um cientista húngaro. Na época,
acreditava-se que sua subespécie já havia sido extinta.
A tartaruga, então, tornou-se parte
de um programa de procriação no Parque Nacional de Galápagos. Depois de 15 anos
em que ele viveu ao lado de uma tartaruga fêmea vinda de um vulcão próximo,
Lonesome George acasalou, mas os ovos não eram férteis.
Ele também compartilhou seu espaço
com tartarugas fêmeas da Ilha de Espanhola, mas, novamente, foi incapaz de
procriar.
Lonesome George se tornou um símbolo das Ilhas Galápagos, que atraem 180
mil visitantes por ano.
Extinção
Autoridades do parque de Galápagos
afirmam que, com a morte de Lonesome George, a subespécie de tartarugas Pinta
se torna extinta.
O corpo da tartaruga provavelmente será embalsamado, para ser lembrado
por gerações futuras.
As tartarugas eram abundantes nas
Ilhas Galápagos até o final do século 19, quando começaram a ser caçadas por
pescadores e marinheiros, atraídos pela carne do animal. Aí começou seu
processo de extinção.
As diferenças na aparência das
tartarugas das diferentes ilhas de Galápagos foram um dos elementos usados por
Charles Darwin para formular sua Teoria da Evolução.
Cerca de 20 mil tartarugas gigantes de outras subespécies ainda vivem nas
ilhas.
Fonte: BBC Brasil