A revelação de que
a atriz e cineasta Angelina Jolie passou por um tratamento para remover ambos
os seios, após descobrir uma predisposição genética que aumentava as suas
chances para câncer de mama, trouxe à tona a vasta possibilidade – e incertezas
de mesma escala – de identificar futuras doenças com base em testes de DNA.
Hoje, os testes de
DNA, em geral feitos a partir de amostras de sangue, podem estipular as
probabilidades de aparecimento de mais de 2,2 mil doenças genéticas
hereditárias, incluindo tipos raros de Alzheimer e casos de câncer.
É um recurso que
ficou mais barato e acessível nos últimos anos, e que hoje está facilmente
disponível para pacientes em laboratórios e clínicas. O problema dos testes,
alertam entidades de pesquisa em genética, é quando eles predizem a
possibilidade, mas não a certeza, de uma doença.
Segundo Ellen Matloff, diretora de
aconselhamento genético do Centro do Câncer, em Yale, "a percepção pública é de que os testes
genéticos são simples e que o resultado é ou positivo ou negativo, e, portanto,
fácil de interpretar. A realidade é que existem dezenas de exames genéticos para
predisposição para o câncer e os resultados podem incluir positivos, não
informativos, negativos, negativos verdadeiros, e variações com significados
incertos."
Testes de DNA são
altamente eficazes para determinar a existência de alguns tipos de doenças
raras e hereditárias. No entanto, é preciso considerar as ações que serão adotadas
depois do teste, o que nem sempre é possível.
Fonte:
BBC Brasil
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